Construção civil está otimista para 2017
Otimismo e grandes perspectivas. Estas são as palavras que definem as previsões dos representantes da construção civil, ao falarem sobre o que esperam para o setor na Baixada Santista, a partir de 2017.
Segundo o Estudo do Mercado Imobiliário, do Sindicato da Habitação da Baixada Santista (Secovi), que leva em conta lançamentos e vendas de imóveis residenciais, de julho de 2013 a junho deste ano, foram lançadas 15,4 mil unidades habitacionais na região. Desse total, 50% foram vendidas em Praia Grande, que manteve o setor aquecido mesmo diante dos últimos meses de crise.
Mas, a partir do próximo ano, os bons ventos devem soprar para as nove cidades da Baixada Santista. O tema, inclusive, ganha destaque na 6ª edição do Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon), que acontece segunda (21) e terça-feira (22), no auditório TV Tribuna (Rua João Pessoa, 350, em Santos).
“Passamos anos difíceis. Mas a procura por imóveis voltou a aquecer o mercado. Assim, existindo a procura, é certo que serão necessários novos empreendimentos”, disse o presidente do Conselho de Administração da Associação dos Empresários da Construção Civil na Baixada Santista (Assecob), Gustavo Zagatto Fernandez.
Otimista, ele fala da boa expectativa já a partir do primeiro semestre. “O bom é que as pessoas estão mostrando mais otimismo. Temos sentido isso. A retomada começou e a tendência é de que o setor comece a aquecer aos poucos a partir dos primeiros seis meses do próximo ano”.
Outra expectativa de Zagatto é de que o Governo Federal consiga reduzir as taxas de juros. “Com taxas de juros mais baixas, o Governo Federal estará garantindo mais incentivo para o comprador e para o empreendedor. Além disso, os municípios também podem ajudar. Este é o momento da união de todos”.
Incentivos
O diretor regional do Secovi, Carlos Cesar Meschini, também defende que, com incentivos e união de todos, o setor voltará a ser forte.
“Temos trabalhado por melhorias para a categoria (o Secovi representa imobiliárias e incorporadoras). O consumidor também precisa de incentivos, principalmente para financiamentos. Conquistando isso, estaremos alavancando o setor da construção”, lembrou.
Para ele, o momento é, sim, de otimismo. “Acredito que em 2017 haverá retomada nos investimentos no setor. Ainda é cedo para falar em números, mas estimo que o crescimento no primeiro semestre de 2017 chegue a 15%”, prevê.
Fazendo a sua parte
Para o diretor regional do Sindicato da Construção Civil na Baixada Santista (Sinduscon), Osmar Luiz Quaggio, independentemente de crise, o setor segue fazendo a sua parte. Ele também se diz otimista com o futuro, mas faz observações fundamentais para o setor e, de forma geral, para todo o País. “Atualmente, estamos diante de dois cenários”.
Segundo ele, o primeiro, “que parece ser o mais provável”, é que o Governo Federal obtenha êxito no equilíbrio das contas públicas e nas quedas da inflação e da taxa de juros. “Com isso, teremos aumento do crédito, queda no desemprego e aumento do PIB (Produto Interno Bruto). Assim, a volta do crescimento do setor é quase certa para 2017 e com aumento de empregos provavelmente a partir de 2018”.
O segundo cenário é pessimista. “Este é menos provável, mas não impossível. E virá se o primeiro não ocorrer e se a crise política aumentar. Isso manteria a queda do PIB e, consequentemente, traria mais recessão na construção civil”.
Mas, mesmo prevendo que a retomada do crescimento será lenta, “e está condicionada à aprovação de reformas no âmbito macroeconômico”, o representante regional do Sinduscon mantém o otimismo. “Estamos com mais consultas e algumas vendas estão sendo efetivadas. Creio que o pior já passou”.