Financiamento de imóveis no Ceará gira R$ 1,3 bilhão

Foram adquiridos 5.092 unidades no Estado no ano passado com recursos da poupança, segundo Abecip.

Durante todo o ano de 2016 foram comercializados no Ceará 5.092 imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) o que gerou um montante de R$ 1.315.826.873 em financiamentos, segundo o último balanço da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O mês de maio registrou o melhor resultado mensal do ano, com R$ 155.813.820 e 622 unidades financiadas, seguido por julho, com a utilização de R$ 140.694.150 das cadernetas de poupança e 615 unidades comercializadas. Já junho foi o terceiro melhor mês de 2016 com 499 unidades e R$ 133.831.305 retirados do SBPE.

Em comparação ao ano de 2015, houve queda de 33,21% já que o valor registrado foi R$ 1.969.222.100 milhão.

Em unidades a queda foi mais acentuada com redução de 43,25%, no ano anterior foram financiadas, com recursos da poupança, 8.973 imóveis.

Segundo o presidente do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, esta queda já era esperada e é representativa.

Ano para ‘ser esquecido’

A retração no crédito imobiliário, de acordo com ele, em virtude das crises politicas e econômicas juntas. “O ano de 2016 é para ser esquecido. As pessoas estavam mais cautelosas e retrairam o consumo”, diz o titular do Sinduscon.

Este ano, André Montenegro acredita que a situação irá melhorar para a construção civil, pois avalia que já se chegou ao “fundo do poço”. “Embora não vamos sair rapidamente, vamos sair, mas não nesta velocidade que as pessoas estão esperando”, pondera o presidente.

Na sua opinião, os juros vão baixar e este é um momento interessante para se comprar imóveis, levando em consideração que as construtoras estão oferecendo vantagens.

Minha Casa, Minha Vida

Com relação à informação divulgada ontem de que o presidente Michel Temer estuda ampliar para R$ 9 mil o limite de renda mensal de famílias que poderão adquirir um imóvel com os juros mais baixos do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), André Montenegro acredita ser interessante para o mercado local e nacional.

Atualmente, o teto da faixa 3 do programa é de R$ 6,5mil. “Assim, aumenta o leque de compradores e a base de quem pode comprar com o Minha Casa, Minha Vida. As pessoas vão passar a pagar juros mais baratos”, informa.

O presidente do Sinduscon ainda acredita que o programa consiga atender a todos. “O MCMV é um programa de sucesso, pois alavanca a economia. Quando a construção sai da crise ela tira vários setores da crise e com ela o dinheiro volta a circular e volta o otimismo”, acredita ele.

FONTE: Revista Construa